Património

Capela do Sr. do Calvário

Edificada no Lugar da Igreja, em frente ao cemitério com a sua fachada voltada para o mesmo, esta capela foi construída por ordem do pároco desta freguesia, Padre António Freitas Brito, natural da Casa de Bouças, freguesia de Sande, para ali enterrar um Bispo que exercera funções no mosteiro de Sta Marta de Bouro, concelho de Amares. A construção foi financiada por donativos do povo da freguesia de Coucieiro.
A 24 de Agosto de 1895, foi inaugurada, tendo sido levada em procissão, da igreja até à referida capela, a imagem do Senhor dos Milagres Preso à Coluna ali exposta.
Posteriormente foi também nela sepultado o seu mentor, Padre António Freitas Brito.
Após a abertura das estradas municipais números 531 e 531-2, a capela ficou no entroncamento entre estas. Actualmente por motivo de alargamento das estradas, foi mudada para o lado do cemitério, tendo sido ainda ampliada, mantendo-se no entanto a fachada principal com as mesmas características.
Apesar de, como já referido, a imagem exposta ser o Senhor dos Milagres Preso à Coluna, esta capela é vulgarmente conhecida por Capela do Sr. Do Calvário devido à configuração inicial.

Capela do Sr. do Calvário

Citânia de São Julião

A citânia de S. Julião situa-se nas freguesias de Coucieiro e Ponte de S. Vicente, embora grande parte da mesma faça parte da última.
Com a finalidade de residencial militar/povoado fortificado, esta citânia terá começado a ser povoada no século X/IX a C.
As construções têm uma arquitectura militar pré-histórica, proto-histórica e romana, com quatro linhas de muralha e vestígios de ocupação romana.
Com enquadramento rural, isolado, remate de esporão dominando o largo e fértil vale do Rio Homem, com um extenso topo aplanado, coberto por vegetação rasteira composta por herbáceas e gramíneas, esta citânia tem um excepcional domínio visual sobre o vale; ocupação do Bronze Final com estruturas defensivas e de habitação bastante singulares; possantes muralhas pétreas, uma delas com torreão.
As estruturas são de granito: muralhas construídas com blocos assentes em seco, em aparelho irregular; paredes das construções em dois parâmetros; pavimentos das casas em argila e saibro.

Ponte de Caldelas

A Ponte de Caldelas localiza-se no lugar de Ponte. Esta ponte de três arcos, sobre o rio Homem, liga as freguesias de Coucieiro e Ponte de S. Vicente à freguesia de Caldelas.
É uma ponte tida como romana, embora de características medievais, tendo a sua construção origem nos finais da Idade Média.

Ponte de Caldelas Ponte de Caldelas

Torre do Paço

A Torre do Paço, localizada no lugar do Paço, é uma casa nobre e senhoral dos antigos donatários de Regalados (antes da família Abreus).
Donos esses que a abandonaram, em 1640, após a Restauração da Independência de Portugal, fugindo para Espanha.
Entretanto o Rei, ou os procuradores da coroa, tomaram posse da quinta.
Os rendeiros da mesma ficaram obrigados a dar o azeite necessário para a lâmpada do Santíssimo Sacramento da igreja de Coucieiro e a pagar doze missas ao pároco, ditas uma cada mês pela alma de Leonel de Abreu e de sua mulher Dona Inês de Lima, senhores de Regalados.
Os quais deixaram esta obrigação em escritura pública, mencionando também que quem não a cumprisse perderia a posse da quinta para o parente mais chegado. Ficando, os rendeiros, ainda obrigados a dar duas galinhas à pessoa responsável pela verificação do cumprimento de tal obrigação.

Esta casa é também conhecida como Torre de D. Sapo por se atribuir a esta a morada de um fidalgo que deu origem à lenda de D. Sapo. (ver lenda em História)

Paço de Linhares (ruínas)

Casa nobre e senhoral que foi morada de D. Gonçalo de Barros, comendador de Rendufe (1543).

Solar de Carcavelos

A casa de Carcavelos situa-se no lugar de Carcavelos, possui traça barroca, sendo por isso um magnífico exemplo de arquitectura solarenga (nobre) do XVIII.
É formada por dois corpos distintos e capela anexa. O primeiro corpo é rasgado, no primeiro piso por três vãos gradeados e no piso superior, por quatro janelas de verga redonda e uma porta. O segundo corpo, mais pequeno, é rasgado por duas janelas e uma porta. Na capela são de salientar, para além das cantarias trabalhadas dos vãos da fachada, o tecto apainelado, o altar e o retábulo.

Solar de Carcavelos

Solar de Carcavelos
Mamoa

Uma mamoa é um montículo artificial de terra, revestido por uma couraça de pequenas pedras imbricadas, que cobre uma câmara dolménica.
O nome mamoa origina dos romanos aquando da sua chegada à Península Ibérica, que deram o nome de mammulas a estes monumentos, pela sua semelhança com o seio de uma mulher.
Cada mamoa teria a função de esconder e proteger a sepultura, conferindo-lhe, ao mesmo tempo, maior monumentalidade. É possível que tivesse também, em certos casos, fornecido um plano inclinado para o transporte da tampa da câmara da anta até à sua posição definitiva.
Estas sepulturas megalíticas monumentais correspondem com certeza a relíquias de antepassados importantes, não correspondendo ao modo mais usual de as comunidades neolíticas enterrarem os seus mortos comuns. Estes monumentos funerários devem ter tido um significado simbólico importante e devem ser sido sobretudo “túmulos para os vivos”.

Em Coucieiro, no pinhal entre os lugares de Mouriz e Linhares, e a uma cota relativamente baixa de 120m, encontra-se uma mamoa com cerca de 10m de diâmetro por 1,5m de altura, bem conservada.

Alminhas

As alminhas surgem associadas ao culto erigido aos deuses pelos Romanos. Eram assim construídas nas encruzilhadas de caminhos.
O culto das alminhas permanece ainda entre nós, mas de forma mais ténue. Cada retábulo é geralmente cuidado por uma zeladora, que tem ao seu cuidado a manutenção do mesmo, bem como o seu embelezamento.
As alminhas constituem factos históricos de uma inegável importância documental. Nelas está presente mais do que a religiosidade popular, uma crença, o resultado de um fenómeno mental de carácter antropológico, e um pedaço da história do Homem.

Em Coucieiro existem quatro alminhas situadas nos lugares de Ponte, de Veiga, de Mouriz e de Quintela.

Alminhas Alminhas Alminhas

Igreja Paroquial

A Igreja paroquial de Coucieiro, situada no lugar da Igreja e datada do século XII, pertenceu inicialmente à Ordem dos Templários. Mais tarde passou para a Ordem de Cristo e actualmente é propriedade da Igreja Católica, tendo-se mantido ao longo dos tempos com a mesma finalidade, a do culto.

Está implantada em local plano e rural, tem poucas construções na envolvente e é enquadrada por adro murado. Actualmente, encontra-se em fase de construção uma avenida ampla que desemboca numa escadaria frente à fachada principal.

Igreja paroquial de Coucieiro Igreja paroquial de Coucieiro
Da história da Igreja de Coucieiro, é se salientar que em 1164 foi sagrada pelo Arcebispo de Braga D. Paio Mendes, conforme testemunha uma inscrição ainda visível na fachada sul da igreja. Em 1888 sofreu obras de reconstrução que lhe alteraram por completo a traça interior tendo-se, no entanto, mantido intacta a estrutura medieval. Deste modo, na sua forma actual só o arco da porta lateral norte faz ainda evocar a primitiva estrutura que dominou todo o conjunto durante séculos.

Caracteriza-se por uma arquitectura religiosa, românica. Sendo uma igreja românica de planta longitudinal, uma nave, fachada principal em empena e portal aberto em gablete. Tem paredes em cantaria de granito bem aparelhado, coberto em telha de barro. O pavimento é em soalho de madeira. As paredes interiores são rebocadas e pintadas. Têm um soco em granito e um lambril em azulejo de fabrico recente. Os tectos da nave e capela-mor são em madeira.

Actualmente estão a ser construídas umas escadas em frente à igreja que culminam numa pequena fonte. Estas escadas darão acesso uma avenida.
Igreja paroquial de Coucieiro

Igreja paroquial de Coucieiro